Diversos eventos marcam o Dia da Mulher em Curitiba; confira a programação 07/03/2023 - 13:42
O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é menos uma homenagem e mais uma alusão às conquistas e movimentos sociais referentes às lutas por igualdades de gênero. Atualmente a data é comemorada em mais de 100 países. Ao longo do mês, Curitiba estará com diversas opções de lazer, reflexão e auxílio, voltados à essa data tão importante. Confira a programação especial que a Educativa separou para você:
No próximo domingo (12) acontece o "Mutirão para Mulheres", realizado pelo Projeto Mãos Invisíveis. Além do tradicional Café Pretexto, que é realizado todos os domingos desde 2017, o mutirão visa dar acolhimento para mulheres em situação de rua. O ponto de encontro é às 9h da manhã na Praça Generoso Marques, onde serão disponibilizados kits de higiene pessoal e íntima; atividades para crianças; rodas de conversas; banhos; consultas médicas e psicológicas; além de atendimento jurídico, em parceria com a Defensoria Pública do Paraná. Você pode colaborar com a iniciativa doando desodorantes; roupas em bom estado; café e leite em pó; refrigerante; ou fazendo um pix de qualquer valor para o e-mail projetosmaoslivres@gmail.com. Todas e todos que quiserem conhecer a iniciativa, estão mais que convidados pelo projeto.
Para mais informações, acesse o perfil @projetosmaoslivres no Instagram ou por meio do site maosinvisiveis.com.br
O Centro Cultural Teatro Guaíra preparou uma surpresa especial em homenagem às mulheres nesta quarta-feira, dia 8, em que se celebra a memória da luta pela conquista de direitos. O Balé Teatro Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná farão uma apresentação especial de "Terra Brasilis", espetáculo que abriu a temporada de 2023 no último final de semana com sucesso de público. A sessão acontece na quarta-feira (8), às 20h, com entrada gratuita.
Terra Brasilis é composto por duas coreografias, Piá e Outras Estações. Jorge Garcia e Alex Soares, dois nomes de destaque da nova geração de coreógrafos contemporâneos no país, foram convidados para criar as obras. Piá, trabalho de Soares, debate no palco a mestiçagem brasileira, elemento caro na formação de nossa identidade. Já Outras Estações, de Garcia, traz reflexões sobre as migrações contemporâneas por parte de determinados grupos, tribos, povos, comunidades ou outras formas de coletividade. A regência da OSP fica por conta de Victor Hugo Toro, que já tinha assumido a condução da peça em 2022.
O Coletivo Algures traz a Curitiba o FAMA (Festival Artístico Mulheres Algures: Femininas Palavras), de 8 a 12 de março. O evento gratuito vai ocupar diferentes espaços da capital paranaense, expondo produções artísticas de mais de 30 mulheres. O festival traz uma programação recheada de poesia, teatro, música e produções autorais de personalidades femininas de Curitiba e região metropolitana. O projeto, que conta com apoio da Fundação Cultural de Curitiba e do EBANX, demonstra também a importância do feminino em todas as áreas da sociedade, sobretudo nas artes.
O Coletivo de mulheres foi fundado em 2017, pela produtora cultural e escritora Grazi Calazans, para divulgar e propagar a cultura independente produzida em todo o país. O projeto se sustenta em uma série de atividades itinerantes, utilizando da interação cultural como papel transformador da sociedade. No caso do FAMA, entende-se que o campo das artes (em uma perspectiva social) está dominado por um discurso e um modus operandi machista, em que não há valorização às produções criadas e concebidas por mulheres, sobretudo independentes.
Os palcos das apresentações do FAMA são espaços públicos e privados, alguns no Centro, outros espalhados pelos bairros da cidade. A curadoria é totalmente feminina. Para mais informações e programação completa, acesse a nossa matéria completa sobre o evento clicando aqui.
A exposição “Fora das Sombras: Novas Gerações do Feminino na Arte Contemporânea” pode ser visitada até 12 de março, na Sala 11 do Museu Oscar Niemeyer. A mostra reúne a produção recente de 40 artistas mulheres do Rio Grande do Sul, com curadoria de Ana Zavadil. Por meio de um conjunto de obras, muitas inéditas, as artistas questionam a situação da mulher numa história da arte dominada pelos homens. A resistência é expressada pelo processo criativo de cada uma delas, formando um conjunto inquietante e questionador. Mais informações pelo site museuoscarniemeyer.com.br.
Palavra de Mulher: leituras do feminino sem fronteiras
Realizado de 8 a 11 de março, o projeto "Palavra de Mulher: leituras do feminino sem fronteiras” dá destaques a mulheres em situação de vulnerabilidade. Oficinas de escrita criativa, registro de memórias, rodas de conversas, apresentações musicais e oficinas estão programados. Entre as convidadas, mulheres migrantes (da Síria, Congo e Venezuela) que vão inspirar outras a contar suas histórias. Os textos mais representativos que forem produzidos durante as oficinas vão ser reunidos posteriormente em um livro digital que terá acesso livre para todos os públicos. O projeto tem a aprovação de Ações Afirmativas Culturais da Fundação Cultural de Curitiba e terá apoio do Instituto Edésio Passos. Toda a programação é gratuita. Os eventos ocorrem no Instituto Edésio Passos – Rua XV de Novembro, 467, 4º andar, Centro de Curitiba.
Curitiba recebe a partir de 8 de março, Dia Internacional da Mulher, até domingo, 12, a segunda edição do Telúrica - Festival Feito por Palhaças. O evento gratuito acontece em diversos espaços culturais, com uma programação de espetáculos, cabarés e shows em diversos locais da cidade. Princípios como “profissão palhaça” e "arte como alimento na cesta básica” são os motes e focos principais desta edição, que conta com Camila Jorge e Larissa Lima na curadoria. Entre as atrações, estão Noe Carvalho e a DJ Babi Oeiras, e uma oficina com a cantora e compositora Thayana Barbosa.
A primeira edição - realizada em 2019 - foi organizada de forma independente e envolveu uma equipe de produção com mais de 20 artistas da cidade, inaugurando o primeiro festival de palhaças realizado em Curitiba e atraindo mais de 700 espectadores. Durante os nove dias de apresentações, o evento movimentou e fortaleceu a rede de palhaçaria na capital, além de contar com a participação pontual de artistas de outros municípios do Paraná e também dos estados de São Paulo e Santa Catarina.
Em 2019 o festival teve como dinâmica a rotatividade das profissionais, que ocupavam o palco como palhaças e trabalhavam também nos bastidores produzindo e operando as apresentações. Com um foco todo voltado à uma proposta de aprendizagem e fortalecimento desta rede de mulheres artistas. Já na segunda edição - atrasada em função da pandemia - a articulação interna e a distribuição de bolsas artísticas com apoio financeiro foram os principais responsáveis em possibilitar a realização do “Esquenta Telúrica”, uma pré-edição on-line do festival, que contou com oficina de produção interna e mesas de bate-papo sobre temas relevantes.
Desta vez, a equipe de produção retornou ao formato presencial do festival, acolhendo artistas de diversas localidades nacionais via chamamento público. Com uma curadoria diversa de cabarés, espetáculos, intervenções de rua e outras atrações, o Telúrica volta a movimentar a cena cultural da cidade, além de contribuir com o fortalecimento do cenário da palhaçaria nacional. Idealizada e organizada pelas artistas Biaflora, Camila Jorge, Karina Flor, Larissa Lima, Lucri Reggiani, Má Ribeiro, Nathália Luiz e Yara Rossatto, o evento conta com a participação de artistas dos estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Pará.
Você pode conferir a programação completa do Festival no Instagram @teluricafestival e na página oficial no Facebook. O projeto é realizado com recursos do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura - Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba e conta com o patrocínio das empresas Bosch e Ebanx.
O projeto "Através das Cores" é uma idealização 100% feminina, em que artistas curitibanas vão levar ao bairro Boqueirão muita cultura urbana, grafitti e reciclagem. O palco do projeto será na CATAMARE (Cooperativa de Catadores de Material Reciclável) nos dias 25 e 26 de março (sábado e domingo), a partir das 10 horas da manhã. Por lá, sete grafiteiras locais vão desenvolver individualmente seus trabalhos e, de forma coletiva, encontrar o diálogo de cada obra num painel de 60m². As artistas se conheceram por meio do graffiti, onde conectaram suas histórias junto à arte e tornaram-se grande amigas.
A inciativa, desenvolvida por Eloá Cruz e Thaís Fogaça, da produtora Somos Cores, busca uma sociedade mais justa e viável, utilizando o empoderamento feminino como principal mecanismo de avanço coletivo. Ao levar essa possibilidade para comunidades mais distantes do centro da cidade, são criadas ferramentas de suporte para a difusão da arte, sobretudo feminina. A sororidade (empatia, confiança, cooperação e acolhimento entre mulheres) é parte fundamental da proposta, com um trabalho executado somente por elas visando ação e transformação. “O objetivo é enaltecer grafiteiras, produtoras culturais e artistas, ao colorir a cidade, dividindo histórias de vida e conhecimento, espalhando cores e sentimentos positivos com o graffiti”, diz Eloá.
Para Lia de Oliveira Santos, presidente da cooperativa, incentivar o projeto é estimular a criatividade e a potência de mais pessoas dentro da comunidade. “Para nós que trabalhamos com reciclagem é muito gratificante a harmonia que cada arte traz para o espaço, até porque passamos muito tempo no trabalho”, afirma.
Além disso, o projeto "Através das Cores" engloba também oficinas de graffiti, com a artista Julie Pietra e "Arte e Lettering com Giz", ministrado por Cristina Pagnoncelli. A iniciativa oferece um minicurso sobre a "Mulher na Arte Contemporânea", com Milena Costa. São 20 vagas oferecidas para cada turma, com inscrições gratuitas pelo link na bio da @somoscores_ .
Com realização do Programa de Apoio de Incentivo à Cultura - Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba, e incentivo do Ebanx. O projeto é uma parceria da Somos Cores Produções com a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis (CATAMARE) e apoio da Ilovecwbeats, MTN (Montana Colors) e Galeria Ponto de Fuga.
Nesta sexta-feira (10), às 15h, o Museu da Imagem e do Som do Paraná promove a roda de conversa “Diálogos sobre a maternidade na arte. Como produzir estratégias artísticas na maternidade”, como parte da programação de atividades temáticas do Mês da Mulher.
Participam da mesa as mães-artistas Bruna Alcantara, Fernanda Pavão, Janete Anderman, Karla Keiko e Nicole Lima, figuras importantes na cena artística e criativa de Curitiba.
Em uma conversa fomentada pela troca de experiências das artistas, o tema que protagoniza a roda é a vivência dessas mães e o intercâmbio pessoal entre viver entre a criatividade e a responsabilidade materna.
Idealizadora da roda de conversa e diretora do MIS-PR, Mirele Camargo busca entender o processo de equilíbrio entre o lado materno e criativo: "Enquanto mulheres, lutamos contra um viés sistêmico que dificulta o acesso ao sucesso profissional. E enquanto mães, é cada vez mais importante debater e trocar experiências sobre a rotina e as mudanças de visão que acontecem na vida de uma mãe artista."
Foto: Ninoska Portella
