Cristiano Castilho

Romaria de São Gonçalo, Mesadas de Anjo, Rezas, Frevo, Círio de Nazaré, Roda de Capoeira, Samba de Roda do Recôncavo Baiano. Estes são alguns dos patrimônios imateriais do Paraná e do Brasil. E só são patrimônios, neste sentido, devido ao Programa Nacional do Patrimônio Imaterial, implementado no ano 2000. Reflexões sobre esses 22 anos, que reafirmam a importância desta data, trocas de experiências entre detentores, pesquisadores e interessados, além de oficinas e intervenções artísticas estão na programação do evento online “No Nosso Balaio Tem!”, que começa nesta quarta-feira (23), e segue até sexta-feira (25), pelo site nossobalaio.com.br. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas também pelo site.

Na quarta-feira (23), às 7 da noite, na mesa de abertura, “Patrimônio Imaterial: Desafios e Perspectivas”, Rosildo do Rosário, Cláudia Márcia Ferreira e Patrícia Martins discutem um histórico sobre as políticas de patrimônio imaterial no Brasil, e as expectativas e a participação das bases comunitárias diante desses processos de reconhecimento. Na quinta-feira (24), às 10 da manhã, a mesa “Painéis Curitibanos” apresenta pesquisas na área de patrimônio imaterial realizadas em Curitiba. Dentre os temas, serão discutidas as brincadeiras, saberes e afetos na aldeia Kakané Porã, na região de Campo de Santana, em Curitiba; e a influência e a importância de Dona Mide, “mulher de fibra do fandango paranaense”. Ao todo, serão seis mesas, duas oficinas, duas intervenções artísticas, seis documentários e uma conferência, com participação de mais de 15 detentores, mestres e mestras de bens culturais do Paraná, Santa Cataria, Rio Grande do Sul, e outras regiões do país.

Pesquisa & futuro
A pesquisa teve como principal objetivo identificar quais os bens culturais estão reconhecidos como patrimônio imaterial, quais as políticas que estão sendo construídas, e como estas impactam junto aos detentores e detentoras destes bens no sul do Brasil. As antropólogas Letícia CR Vianna (DF), Patrícia Martins (PR) encabeçaram a ação junto aos órgão responsáveis pelo patrimônio no sul do Brasil, como as Superintendências do Iphan e outros órgãos de cultura e patrimônio, universidades e institutos e grupos de pesquisa, bem como associações e coletivos da sociedade civil. A pesquisa, iniciada em outubro de 2021, terá como produto final um catálogo virtual, disponibilizado para download gratuito nas páginas do evento.

SERVIÇO
Evento online “No nosso Balaio Tem!”
Dias: 23, 24, 25 de março de 2022
Atividades: mesas de debate, oficinas, intervenções artísticas, exibição de depoimentos e de documentários 
Inscrições: gratuitas
Mais informações e inscrições: www.nossobalaio.com.br