Inteligência Artificial emula Liam Gallagher em "álbum perdido" do Oasis, mas que não é Oasis; entenda 20/04/2023 - 16:30
Beto Pacheco
Faz 14 anos que os irmãos Liam e Noel Gallagher tretaram e o Oasis acabou. Recentemente, inclusive, ambos publicaram mensagens em redes sociais, dando a entender que poderiam retornar com a banda, mas sempre naquele tom provocativo. Agora, imagine o seguinte, uma outra banda, desconhecida, cujos integrantes são fãs do Oasis, resolve que cansou de esperar e toma uma decisão: criar o seu “próprio” Oasis.
Foi assim que um novo álbum – cheio de hinos no estilo Oasis – apareceu, tentando recriar o que poderia ter sido se a formação clássica da banda continuasse fazendo música. Seria um novo álbum “perdido” do Oasis, que na cronologia estaria entre o terceiro álbum do grupo, Be Here Now, de 1997, e seu quarto, Standing on the Shoulder of Giants, de 2000. Mas o que seria incrível, pode se tornar ainda mais espantoso. Porque, simplesmente, o álbum é falso. Ou ao menos o cantor é, pois, pasme, foi criado por uma AI - sigla em inglês para Inteligência Artificial. Portanto, é um Liam Gallagher AI.
O mais impressionante: o Liam falso é indistinguível do verdadeiro. Estão lá todos os trejeitos e timbres, cantando as oito músicas cujas autorias são, na realidade, de Bobby Geraghty e Chris Woodgates, respectivamente cantor e guitarrista da verdadeira banda por trás da criação, chamada Breezer.
Mas como eles fizeram? Em matéria para o The Guardian, de Londres, eles disseram que cortaram várias gravações à capela de Liam para treinar a Inteligência Artificial. Como banda, os Breezers, já soavam parecidos com o Oasis, eles só substituíram os vocais de Bobby pelos de Liam Gallagher.
E assim, baseados nos Oasis nasceu a Aisis.
Mas é importante ressaltar que, embora o Liam deles seja falso - ou ao menos não humano, as músicas são genuínas, todas compostas pelo Breezer.
E, em se tratando de tecnologia, depois que começa, o comboio não para. Afinal, o mesmo aconteceu com Drake e The Weeknd, cujas vozes foram parar, via AI, em músicas que não eram suas.
Ora, e agora? O próximo passo seria AIs criando letras e músicas ao estilo de compositores renomados? Fica a dúvida. Mas, imagine poder, de alguma forma, por esse modelo, poder ressuscitar, com todas as aspas do mundo, John Lennon, Freddie Mercury, Cartola ou Aretha Franklin?